MPT pede indenização de R$ 80 mi a Hyundai e BNDES por morte de trabalhador
MPT pede indenização de R$ 80 mi a Hyundai e BNDES por morte de trabalhador
O MPT (Ministério Público do Trabalho) ingressou na semana passada com um pedido de indenização contra a Hyundai-Rotem, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a construtora Athie Wohnrath pela morte de um trabalhador no canteiro de obras da montadora em 2015.
O valor da indenização é de R$ 80 milhões. Entre as irregularidades apontadas pelos procuradores, estão a falta de cumprimentos das normas de segurança do trabalho e a “quarteirização” de funcionários. A Justiça do Trabalho ainda não deliberou sobre a ação. Apesar de procurados desde sexta-feira (12), a Hyundai-Rotem e o BNDES não se manifestaram sobre o caso.
O acidente que deu início à ação movida pelo MPT aconteceu no dia 2 de outubro de 2015, em Araraquara (SP), onde a Hyundai-Rotem construiu sua fábrica de trens. O operário Claudinei Braga Coelho, que trabalhava na instalação de uma estrutura metálica da fábrica sul-coreana, morreu ao cair de uma altura de aproximadamente dez metros e não resistiu aos ferimentos.
Até o momento, sua família não foi indenizada. Após a fiscalização do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), técnicos constataram irregularidades como o uso de ganchos improvisados para manter os trabalhadores suspensos e a falta de treinamento dos operários envolvidos na obra.
As fiscalizações também constataram um processo que os procuradores classificaram como “quarteirização” de partes da obra com o auxílio de empresas de fachada. A Hyundai-Rotem contratou a Athie Wohnrath por R$ 65,7 milhões para construir a fábrica.
A Athie, por sua vez, terceirizou parte da obra para uma empresa que, por sua vez, subcontratou (“quarteirizou”) duas outras empresas menores: AS Montagens Metálicas e Ademir Xalico de Camargo ME. De acordo com os procuradores, as duas últimas seriam empresas “de fachada” destinadas apenas a “fornecer” trabalhadores para a obra.
“O que ficou claro é que havia ali um verdadeiro mercado de mão de obra, algo que não é permitido. gente ficou chocado quando a própria Athie nos disse que não tinha operários para construir a fábrica. Ela subcontratava tudo”, afirmou o procurador responsável pela ação, Rafael Gomes.
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