Escala de Coma de Glasgow no PHTLS: Avaliando o Nível de Consciência com Precisão
Se você já participou de um atendimento pré-hospitalar ou estudou sobre trauma, com certeza ouviu falar da Escala de Coma de Glasgow – ou simplesmente ECG. No universo do PHTLS (Prehospital Trauma Life Support), ela é mais do que uma sigla técnica: é uma ferramenta vital para avaliar a gravidade de um trauma neurológico e tomar decisões rápidas e seguras.
Mas por que ela é tão importante no atendimento ao trauma? Como aplicá-la corretamente em campo? Se você atua ou pretende atuar em emergências, esse post vai te ajudar a entender e aplicar a ECG com confiança.
O que é a Escala de Coma de Glasgow?
Desenvolvida em 1974 por médicos britânicos, a Escala de Coma de Glasgow (ECG) foi criada para avaliar o nível de consciência de vítimas com suspeita de lesão cerebral, especialmente após traumas.
No PHTLS, a ECG faz parte do “D” do protocolo ABCDE:
👉 D – Disability (Déficit Neurológico)
Ela é uma das primeiras ferramentas que o socorrista deve utilizar após garantir a via aérea e a circulação. Afinal, alterações neurológicas podem indicar trauma cranioencefálico (TCE) ou outras condições graves.
Como funciona a Escala de Glasgow?
A ECG avalia três respostas da vítima:
Pontuação total: de 3 a 15 pontos
Quanto menor a pontuação, maior o nível de comprometimento da consciência.
Pontuação Interpretada: o que significam os números?
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13 a 15 pontos: Trauma leve / paciente consciente e orientado
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9 a 12 pontos: Trauma moderado / alteração neurológica importante
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3 a 8 pontos: Trauma grave / estado de coma
🧠 Importante: Uma pontuação ≤ 8 geralmente indica a necessidade de via aérea avançada e encaminhamento imediato para centro de trauma.
Dicas práticas para aplicar a ECG no atendimento pré-hospitalar
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Atenção ao ambiente: barulho, dor ou confusão podem interferir na avaliação. Tente criar um ambiente minimamente controlado.
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Não presuma que o paciente está “apenas inconsciente” – aplique a escala.
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Use comandos claros e simples para testar a resposta verbal e motora.
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Registre sempre a pontuação separada (O+V+M) e o total:
Exemplo: ECG = 2O + 3V + 4M = 9 -
Avalie continuamente: a ECG pode mudar a cada minuto.
ECG + PHTLS: quando a neurologia vira emergência
No PHTLS, a avaliação neurológica rápida e objetiva é essencial para determinar:
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A prioridade no transporte da vítima (critério de regulação)
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A necessidade de intubação pré-hospitalar
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O risco de deterioração neurológica
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A comunicação eficaz com o hospital de destino
✅ Um paciente com ECG ≤ 8 precisa de suporte avançado IMEDIATO.
✅ Uma variação de 2 pontos ou mais em pouco tempo indica piora clínica.
Casos em que a ECG é indispensável
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Acidentes com suspeita de TCE (quedas, colisões, atropelamentos)
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Ferimentos por arma de fogo ou branca na região da cabeça
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Vítimas com rebaixamento de consciência sem causa aparente
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Pacientes pós-convulsão que não recuperam a consciência
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Qualquer alteração de comportamento em contexto traumático
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