A Importância do Desfibrilador Externo Automático (DEA) nas Academias: Uma Visão de Segurança Ocupacional
Como engenheiro de segurança especializado em normas reguladoras de saúde e segurança do trabalho no Brasil, é fundamental destacar como medidas preventivas podem salvar vidas em ambientes de alta atividade física, como as academias. De acordo com a Norma Regulamentadora NR-7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e a NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade), que enfatizam a prevenção de riscos à saúde, a presença de equipamentos como o Desfibrilador Externo Automático (DEA) se torna essencial. Além disso, leis estaduais e municipais, como a Lei nº 13.156/2015 do Estado de São Paulo, obrigam a instalação de DEAs em locais de grande circulação, incluindo academias, para mitigar riscos de paradas cardiorrespiratórias (PCR). Neste post, exploraremos a importância do DEA nessas instalações e a capacitação dos colaboradores, alinhando com as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Ministério do Trabalho e Emprego.
Por Que o DEA é Indispensável nas Academias?
As academias são espaços onde o esforço físico intenso é rotina, aumentando o risco de emergências cardíacas. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 720 mil brasileiros morrem anualmente por doenças cardiovasculares, e a PCR pode ocorrer subitamente durante exercícios. O DEA é um dispositivo portátil que analisa o ritmo cardíaco e, se necessário, aplica um choque elétrico para restaurar o batimento normal, sem exigir conhecimento médico avançado do operador.
No contexto brasileiro, a Resolução nº 168/2012 do Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamenta o uso de DEAs em locais públicos, e a Lei Federal nº 13.722/2018 (Lei Lucas) reforça a obrigatoriedade de treinamentos em primeiros socorros em escolas e creches, inspirando práticas semelhantes em academias. A presença do DEA não só cumpre obrigações legais – evitando multas e responsabilidades civis conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC) – mas também eleva o padrão de segurança. Estudos indicam que o uso precoce de DEA pode aumentar as chances de sobrevivência em até 70%, especialmente em ambientes como academias, onde o tempo de resposta é crítico antes da chegada do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Sem o DEA, uma academia pode enfrentar não apenas riscos à vida dos frequentadores e colaboradores, mas também autuações do Ministério do Trabalho por descumprimento da NR-1 (Disposições Gerais sobre Saúde e Segurança no Trabalho), que exige avaliação de riscos e medidas preventivas.
A Capacitação dos Colaboradores: Pilar da Segurança Eficaz
Ter um DEA disponível é apenas o primeiro passo; a capacitação dos colaboradores é o que garante sua efetividade. A NR-23 (Proteção Contra Incêndios) e a NR-35 (Trabalho em Altura) já enfatizam treinamentos regulares, e o mesmo princípio se aplica ao uso de DEAs. Profissionais treinados em Suporte Básico de Vida (SBV) e uso de DEA podem atuar imediatamente, integrando-se ao protocolo de cadeia de sobrevivência da American Heart Association (AHA), adaptado ao Brasil pela SBC.
No Brasil, cursos certificados pela AHA ou pela Cruz Vermelha Brasileira são recomendados, e a capacitação deve ser reciclada a cada dois anos, conforme orientações do CFM. Colaboradores capacitados não só reduzem o pânico em emergências, mas também promovem uma cultura de segurança, alinhada à ISO 45001 (Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional). Sem treinamento, o DEA torna-se ineficaz, expondo a academia a riscos legais, como processos por negligência previstos no Código Penal (art. 121, § 3º, para homicídio culposo).
Investir em capacitação transforma colaboradores em agentes proativos, melhorando a reputação da academia e cumprindo as exigências da Portaria nº 671/2021 do Ministério do Trabalho, que regula treinamentos em SST (Saúde e Segurança do Trabalho).
Conclusão: Priorize a Segurança para Salvar Vidas
Em resumo, o DEA é um investimento vital para academias, alinhado às normas brasileiras de SST, que priorizam a prevenção de riscos à saúde. Combinado com a capacitação dos colaboradores, ele forma um escudo contra emergências cardíacas, garantindo conformidade legal e tranquilidade para todos. Como especialista, recomendo que proprietários de academias avaliem imediatamente sua estrutura de emergência.
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