Parada Cardiorrespiratória x Parada Cardíaca – qual a diferença?
As patologias cardíacas é uma preocupação e parte dos brasileiros e fonte de estudos para os socorrista de plantão. Os casos de arritmias, infartos do miocárdio e demais complicações são bastante comuns. Especialmente porque muitas vezes advêm de maus hábitos de vida, porém não somente esta são as suas causas. Palpitações, fraquezas, tonturas e dor no peito são alguns dos sintomas comuns das doenças cardiológicas. Entretanto, se deve fazer a diferenciação entre elas, principalmente entre as arritmias e as paradas cardiorrespiratórias.
Entendendo a arritmia cardíaca
As arritmias são os batimentos descompassados das batidas do coração por causa de defeitos nos impulsos elétricos. O ritmo pode ser lento, as bradicardias (<60 bpm). Já as taquicardias são o batimento acelerado do coração, acima de 100 por minuto. Estes parâmetros são medidos sobre uma pessoa de hábitos normais e que não sejam esportistas de alto rendimento, vale salientar.
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Entendendo a parada cardiorrespiratória
Já a parada cardiorrespiratória pode ser uma consequência da arritmia não tratada adequadamente ou em sua forma de ocorrência súbita. O coração tem a função de bombear o sangue para todas as áreas do corpo. Junto com o sangue corre o oxigênio, vital para as células e para a respiração. Na parada cardiorrespiratória, o corpo para realizar os movimentos de bombeamento, e consequentemente o transporte de oxigênio para cérebro, que por consequência os demais órgãos param de funcionar.
Devido a ausência de batimento cardíaco, o não funcionamento do pulmão, a pele fica fria e amarelada, a perda de consciência e a dilatação das pupilas. No entanto, ela pode ser revertida por ações rápidas de estímulo ao retorno dos batimento através das manobras de ressuscitação cardio pulmonar, oferecimento de oxigênio e o uso de aparelhos desfibriladores que são capazes de diagnosticar e orientar o atendimento, bem como realizar a desfibrilação, quando for o caso. Contudo, se após os primeiros minutos não houver resposta aos estímulos a pessoa pode sofrer lesões irreversíveis até mesmo a morte. Por isso, um bom atendimento inicial, pode fazer toda diferença.
A relação entre as arritmias e a parada cardiorrespiratória
Você já entendeu que as arritmias acontecem de forma crônica, ou seja, permanente ou em momentos específicos. Enquanto isso, a parada cardiorrespiratória pode ser uma consequência dela, mas não somente. Entretanto, a parada ainda pode ter diversas outras causas como o infarto e também situações como afogamentos, choque elétrico, reações alérgicas graves, intoxicações e contusões traumáticas.
Ambas apresentam sintomas comuns como a perda da consciência, fraqueza, dores no peito e dificuldades de respirar. Quando não assistidas e cuidadas podem resultar no falecimento do indivíduo ou em consequências neurológicas e motoras irreversíveis. Elas podem ser silenciosas e perigosas, pois todos estes sintomas nem sempre se manifestam claramente. Por esse motivo, é imprescindível que se acompanhe periodicamente a saúde cardíaca, principalmente se estiver no grupo considerado de risco. E você que é profissional da área da saúde, deve estar sempre se atualizando para oferecer o melhor atendimento.
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Quando um indivíduo apresenta sinais e sintomas de Infarto do miocárdio ( deve ser encaminhado imediatamente ao hospital, preferencialmente por meio de transporte adequado: ambulância, SAMU ou resgate.
Um eletrocardiograma confirma o diagnóstico, o paciente é medicado e deve ser submetido a uma cinecoronariografia (cateterismo cardíaco).
Constatada a interrupção total ou quase total da circulação, deve-se proceder a uma angioplastia (desobstrução da artéria com um cateter-balão inflável) e ao implante de stent intracoronário (dispositivo colocado no interior da artéria, que a mantém pérvia). Essas condutas restabelecem a circulação sanguínea, evitando-se a morte das células musculares cardíacas e consequente disfunção permanente da sua contratilidade.
Esses procedimentos devem ser realizados logo após o início dos sintomas. Passadas 4 horas, dificilmente o músculo será recuperado integralmente.
Em caso de Fibrilação Ventricular ou Parada Cardíaca, manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) devem ser realizadas imediatamente.
Essas manobras compreendem compressões torácicas (massagem cardíaca) na porção inferior do osso esterno, numa frequência de pelo menos 100 batimentos por minuto, de acordo com técnicas normatizadas, para que a circulação do sangue seja eficiente.
Enquanto um indivíduo inicia as compressões torácicas, outra pessoa deve chamar imediatamente um hospital ou o resgate (telefones: 192/193) e solicitar um Desfibrilador Externo Automático.
Se o socorrista estiver sozinho, deve realizar as compressões torácicas por dois minutos consecutivos, antes de ligar para o resgate. O ideal é que hajam duas ou mais pessoas, revezando-se para que não se cansem.
Por lei, todos os ambientes com grande circulação de pessoas, como aeroportos, parques públicos, clubes, empresas, escritórios, condomínios, escolas, supermercados, shopping centers, universidades, academias de ginástica, estádios esportivos, entre outros, devem dispor de um Desfibrilador Externo Automático.
O maior número possível de pessoas devem ser capacitadas a realizar manobras de reanimação cardiopulmonar e manusear o desfibrilador automático, antes da chegada dos socorristas profissionais. Diversos cursos são oferecidos em nosso meio, para a capacitação de profissionais da saúde e de leigos.
Em cada minuto sem atendimento adequado, perde-se em 10% a chance de sobrevida de um indivíduo que sofre uma parada cardíaca.
Em países desenvolvidos, cursos de reanimação cardiopulmonar fazem parte da grade curricular escolar de adolescentes e desfibriladores externos estão disponíveis em áreas estratégicas, de acordo com a legislação.
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Portanto, não somente profissionais de saúde devem ser instruídos sobre como agir em situações de emergência. A maioria das ocorrências médicas acontece em ambiente domiciliar ou de trabalho. Quanto maior o número de pessoas capacitadas, maior será a eficiência no atendimento de vítimas de infarto do miocárdico e de parada cardíaca e muitas mortes serão evitadas.
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